quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A DOR DA DESPEDIDA

Quando estiver logrando seus olhos,
dizendo que as lágrimas são colírios,
lembre-se que jamais poderemos
esquecer de quem amamos
e deixar de sentir a emoção da despedida.

Hoje você vai embora para nós.
Mas, lá na distância, amanhã,
você estará chegando para eles.
Tenho certeza, que partirá com lágrimas,
mas chegará com sorriso ao seu destino.

Naturalmente os ventos trarão notícias suas
e ricochetará seu perfume e suas lembranças.

Lembre-se que tudo isso é importante.
Porque, quando nos reencontrarmos
saberemos que sentimos saudades,
e teremos sorriso.

Se houve saudades e lembrança
é porque fomos importantes

uns para os outros.

                                              Professor Edino

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Índios
Renato Russo

Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.




Iracema - José de Alencar
Iracema
José de Alencar

Uma história de amor,Martim um português,Iracema uma índia tabajara.
Os dois se apaixonaram quase que a primeira vista.Devido as suas diferenças, por Iracema ser filha de um pajé da tribo e Irapuã gostar dela, sua única solução era fugir para ficarem juntos.
Com a ajuda de seu amigo Poti, Martim e Iracema fogem e vão morar na tribo de Poti (pitiguara).
Iracema sofre, mas seu amor por Martim é maior, que logo se acostuma.
A fuga de Iracema faz com que haja uma batalha entre as tribos tabajaras e os pitiguaras.Pois Irapuã que era apaixonado por Iracema quer se vingar de Martim, que roubou sua amada.Mas Martim é amigo de Poti que ira protegê-lo.
Alem disso tabajaras alia-se com os franceses que estavam contra os portugueses que são aliados dos pitiguaras, pela posse da terra brasileira.
Martim sente falta de sua terra, e começa a se distanciar de Iracema. E ela estava grávida, sofrendo pela tristeza de se amor, sabendo que o motivo era ela.
Iracema resolve se matar depois que seu filho nasceu, seu irmão vai visitá-la para dizer que a perdoou por ter fugido da tribo.Acabou conhecendo seu sobrinho, e promete fazer visita sempre que puder.
Caubi conta a Iracema que Araquém seu pai esta muito velho e mal de saúde devido a sua fuga.
Martim não esta na aldeia,Iracema da luz ao seu filho de nome Moacir. Sofrendo Iracema não suporta mais e acaba morrendo logo após entregar seu filho a Martim. Iracema é enterrada em baixo de um coqueiro, nas margens do rio que mais tarde foi batizado de ceará
.